segunda-feira, 4 de junho de 2012

Apenas uma nota...

Caixa das Artes no Europarque? Uma solução em tempos equacionada e que é válida... perdão, foi válida até há dois anos!

Ora veja-se, como em tempos algumas vozes defenderam a Caixa das Artes poderia ser concebida para utilizar espaço "morto" do Europarque (relembro que eu não defendi essa perspectiva que obviamente dará resposta às necessidades do conceito). Até aqui nada de novo. De facto, se não me falha a memória há 3 anos, em pleno Imaginarius, assisti à apresentação do projecto do Arq. Bernardo Rodrigues para o que mais tarde viria a ser a Caixa das Artes, inserido em plena pedreira das Penas e com uma área "subaquática". O processo QREN exigiu ajustes, com menos investimento e maior segurança da sustentabilidade, para que em 2010/2011 ganhasse vida a Caixa das Artes, pelas mãos do Arq. Pedro Castro Silva. 
Depois do financiamento QREN aprovado e garantida a demolição do Cine-Teatro António Lamoso surgem pequenos ajustes e uma redução da área de incubação. Nada de demasiado grave.
Mas agora, com o concurso público para a construção em curso, eis que a sombra do Europarque volta a surgir. Primeiro falou-se no pólo I, agora a questão será global.
Acredito que seja vantajoso em termos de QREN, dada a integração no âmbito da reabilitação, mas de facto não é o que se passa nas Penas? Vamos perder a requalificação ambiental da pedreira e voltar a deitar fora mais um projecto? Ou será a questão Sonae a falar mais alto (onde há fumo costuma haver lume, vamos acreditar que não)?
Não me vou alongar, até porque sei que as respostas oficiais (as que interessam) não vão chegar, mas deixo a questão: usando uma analogia com uma questão que a autarquia coloca no mesmo processo (o pedido de indemnização ao Instituto de Turismo de Portugal caso não avance a nova Escola de Hotelaria e Turismo, dado o investimento municipal já efectuado nesse processo) poderemos questionar se não seria válido um pedido de indemnização por parte dos cidadãos, pelo tempo perdido em indefinições e mudanças de planos?
Relembro que o equipamento JÁ DEVERIA ESTAR EM FUNCIONAMENTO SE OS PRIMEIROS PRAZOS FOSSEM CUMPRIDOS e continuamos a construir alternativas. Por outro lado, mesmo sem equipamento físico, a Caixa das Artes há muito que já poderia existir formalmente e tirar partido do know-how adquirido para trabalhar desde "ONTEM" em algo que na Feira se faz TODOS OS DIAS, sem o apoio concreto de nenhuma estrutura. Para quando uma direcção artística ou o que lhe quisermos chamar e uma cara com energia para comandar o projecto?

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