terça-feira, 8 de novembro de 2011

CAIXA DAS ARTES... o projecto

Aproxima-se o dia que marcará de forma deveras importante a história de Santa Maria da Feira nos próximos anos. 11 de Novembro de 2011 será o dia da apresentação pública da CAIXA DAS ARTES. O Centro de Artes que nasce da ideia de construir um Centro de Artes de Rua acaba por ser bem mais do que isso. A demolição do Cine-teatro António Lamoso, a divisão em dois pólos e a requalificação ambiental da pedreira das Penas serão talvez os factos mais relevantes deste processo.

Pólo 2: Vista Pedreira

Para falar dos factos, nada melhor que fazer uso da memória descritiva do projecto que marcará uma geração. E a consciência é imediata: «numa lógica de crescimento e afirmação de Santa Maria da Feira como a “capital” das artes de rua em Portugal, é necessário criar as condições físicas para uma verdadeira e profissionalizante prática cultural no concelho, através da constituição de um novo equipamento indispensável para a “confirmação” e promoção cultural, beneficiando a generalidade dos que habitam e trabalham na cidade e região, entre os quais, com nota de relevo especial, a juventude».

«Santa Maria da Feira é, desde há vários anos, um nome incontornável no panorama da cultura e das artes de rua em toda a Europa, percepcionando a actividade cultural como uma das componentes estruturantes no desenvolvimento sócio-económico da sua população e do seu território». Assim, e atendendo a que «a lógica cultural da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, visa (…) a prossecução de objectivos estratégicos diversos, mas complementares, nomeadamente: assegurar uma cultura de qualidade para todos; potenciar a capacidade criativa local; diversificar a oferta e os públicos; procurar o “novo”; promover uma verdadeira democracia cultural e desenvolver a vida associativa; e fazer da cultura um motor de desenvolvimento social» a CAIXA DAS ARTES assume-se como um eixo fundamental de desenvolvimento de criação de dinâmicas culturais e novas formas de promoção da economia local.

O equipamento criará 6 valências distintas:
1. Residências artísticas;
2. Incubadora da criatividade para artistas emergentes;
3. Acolhimento empresarial de negócios criativos;
4. Serviço de aprendizagem e educação criativa;
5. Departamento de investigação para artes do espaço público;
6. Espaços cénicos, de (re)criação e representação artística.
Para tal será necessária a instalação de dois pólos artísticos. O pólo 1 concentrará «as valências de residências artísticas, incubadora da criatividade para artistas emergentes e acolhimento empresarial de negócios criativos». Já o pólo 2 assistirá ao nascimento do «Serviço de Aprendizagem e Educação Criativa, do Departamento de Investigação para Artes do Espaço Público, assim como o espaço adequado para a apresentação dos espectáculos, tanto interiores como de exteriores/rua (uma parte deste espaço – Praça - fica desde já sujeita a desenvolvimento após a demolição da escola EB1 de Santa Maria da Feira, após a construção do Centro Escolar da Feira)».
Apesar desta divisão, «O CCTAR não deve, nem pode, ser resumido a um mero auditório ou a uma nova sala de espectáculos de Santa Maria da Feira. Deve antes ser assumido como um conjunto de espaços multifacetados que, descentralizadamente, promoverão uma nova abordagem às diversas formas de “produzir” cultura, esta obra poderá até ser definida como sendo a edificação de uma “CAIXA MÁGICA” na cidade, um local produtor de cidadanias»… caixa esta que se deverá integrar na comunidade, criar raízes e ligar-se entre os pólos através de um conceito de integridade paisagística e cultural: a «Via da Cultura».

«Edificar um Centro de Artes, que hoje ainda não existe em Santa Maria da Feira, deverá então constituir-se como um verdadeiro clúster da criatividade e da cultura, cuja versatilidade possa albergar, nas melhores condições técnicas, teatro, teatro de rua, artes circenses, cinema, ópera, bailado, concertos sinfónicos, de rock e música contemporânea, congressos, apresentações, desfiles de moda, grupos corais, grupos folclóricos, estúdio de gravação». Fica assim, à partida, garantido o pressuposto base de todo o desenvolvimento do projecto: a multidisciplinaridade.

Na condição financeira actual «foi necessária uma perfeita articulação dos trabalhos ao nível da arquitectura e engenharias, numa significativa interacção das diversas disciplinas. O presente projecto de execução resultou, assim, de um intenso trabalho de complementarização entre as diferentes especialidades que visaram não só a procura de soluções técnicas eficazes e compatíveis com a especificação do equipamento, como também, em grande medida, o controlo orçamental dos diversos trabalhos, materiais e equipamentos a utilizar».

Pólo 2: Vista Av. Prof. Egas Moniz

«Uma das particularidades deste projecto é ainda a demolição do Cineteatro António Lamoso, na Rua Prof. Egas Moniz. De facto, atendendo às limitações físicas do actual cineteatro, às imposições regulamentares referentes ao funcionamento de edifícios de utilização pública e ainda às condições ideais que deverá possuir uma sala multifuncional, optou-se pela demolição da estrutura existente, substituindo-a por um espaço apropriado para todas as artes cénicas e de espectáculo, que ofereça o máximo de conforto e segurança aos seus utilizadores». Facilmente se compreendem as vantagens da substituição deste equipamento, numa altura em que se torna obsoleto e desadequado a cada dia que passa e quando as perspectivas de valorização não se mostrariam vantajosas.

A versatilidade terá sido a palavra de ordem em todo o processo de desenvolvimento. Assim, o conceito poderá resumir-se a 3 conceitos chave: «integração e solução arquitectónica; estabilidade e engenharia electromecânica; acústica e arquitectura de cena». Nesta base foram desenvolvidos os planos, que culminaram com a seguinte organização.
Pólo 1: «oficinas para produção de todo o tipo de objectos, adereços e cenários para teatro, representações de teatro e artes performativas, artes de rua, concertos musicais, representação teatral, conferências, desfiles de moda; neste local, funcionarão ainda as residências para artistas, estúdio de gravação, acolhimento empresarial; o programa completa-se com uma praça exterior para representação».

Pólo 2: «representações de teatro e artes performativas, concertos musicais, representação teatral, espectáculos de dança e ballet, cinema (tecnologia digital), concertos musicais de banda, conferências e eventos de idêntica natureza, conferências, desfiles de moda; o programa deste Pólo 2 completar-se-á com o grande espaço exterior para representação, que aproveita o lago existente numa antiga pedreira e o transforma num palco ao ar livre (assente sobre sistema de jangada) capaz de receber espectáculos de teatro de rua, espectáculos de som, iluminação e pirotecnia (paralelamente, está em curso um projecto de recuperação ambiental e paisagística da Pedreira das Penas). Numa segunda fase, as escolas existentes, serão demolidas e o local transformado na grande praça da cidade de Santa Maria da Feira, capaz de receber espectáculos dos mais variados tipos».

PÓLO 1 (projecto)

Pólo 1: Acesso Público

«A área global do terreno é de 4.890,00 m², classificado no actual Plano Director Municipal como Área de Urbanização Condicionada. Possuindo frentes para os dois arruamentos, aumentando a sua cota no sentido Sul/Norte (cerca de 5 metros de desnível), será a uma cota intermédia ajustada a essa realidade que o edifício será implantado, havendo, no entanto, alguns movimentos de terras que estabelecerão a relação entre as cotas actuais e as cotas propostas. Toda a área limite do terreno, bem como a sua envolvente imediata, será devidamente arborizada, de forma a funcionar não só como enquadramento paisagístico mas também como protecção e isolamento acústico. Aliás, prevê-se, numa fase mais avançada do processo, o aparecimento de percursos pedonais que ligarão aquela área ao centro da cidade de Santa Maria da Feira e, por conseguinte, ao edifício denominado por Pólo 2.»
«O edifício ocupará «uma área total de 3.504,00 m², a construção ocupa 2 pisos, havendo contudo um volume central mais alto destinado à área do espaço multiusos».
«O corpo 1 incorpora uma grande sala multiusos, com uma dimensão aproximada de 23x23m e uma altura interior na ordem dos 18 metros. Este espaço, possuirá relação directa com a área destinada ao público em geral, a qual será composta pelo foyer, bar de apoio e sanitários de serviço».
«Do mesmo modo, preconiza-se que essa sala principal tenha uma estrita relação com os espaços de trabalho e de armazém. Assim, ao nível térreo, surgem os espaços de carpintaria, serralharia, ateliês de produção artística, armazéns e arrumos».
«No piso superior, prevê-se novas salas e ateliês de trabalho, salas de gravação, sonoplastia, luminotecnia, camarins e balneários, lavandaria e espaços de arrumos».
«Será ainda neste corpo do equipamento onde se localizarão todas as áreas necessárias à gestão administrativa do centro de artes, bem como os espaços que albergarão actividades empresariais ao nível dos negócios criativos, incubadora de empresas para negócios emergentes e diversas salas de reunião».
«Por outro lado, o corpo 2 será exclusivamente dedicado ao espaço residencial de artistas, numa lógica de acolhimento com periodicidade variável. Desse modo, o espaço será constituído por 6 unidades de alojamento, com capacidade para 12 a 18 pessoas. Prevê-se ainda uma série de espaços de utilização colectiva, como cozinha , espaço de convívio (com biblioteca, espaço para jogos), instalações sanitárias, lavandaria e arrumos. O seu piso inferior será destinado a um amplo espaço de arrumos».

PÓLO 2 (projecto)

Pólo 2: Vista da nova Praça

«A área global do terreno envolvente à operação é de aproximadamente 17.000,00 m². A proposta contempla a demolição do velho Cineteatro António Lamoso, substituindo-o por um Teatro com capacidade para 666 pessoas (poderá obter a capacidade máxima de 699, instalando duas filas de cadeiras na zona imediatamente contígua ao palco, na posição da plataforma do fosso de orquestra ao nível da plateia), bem como a requalificação paisagística e ambiental da pedreira das penas, devolvendo esse espaço à cidade e transformando o local num espaço cénico e de fruição pela população».
«Numa segunda fase, com a deslocalização do edifício escolar haverá, então, condições para completar todo o conjunto, através da constituição de uma grande praça exterior que, em conjunto com a área cénica do lago anexo, constituirão o “palco” por excelência para a apresentação e dinamização de todo o tipo de artes de rua».
«O edifício em causa, pela sua localização e especificidade, pretende ter uma relação directa com a dinâmica urbana da cidade, pelo que foi desenhado numa lógica de transparências que o “abrem” às pessoas».
«Toda a área limite do terreno, bem como a sua envolvente imediata, será devidamente arborizada, de forma a funcionar não só como enquadramento urbano e paisagístico».
«Tendo em consideração o carácter do equipamento, propõe-se um embasamento do edifício com uma altura de dois pisos, ajustados às realidades existentes na envolvente, reservando-se à área do palco, plateia e balcão, o grande volume que marcará, certamente, do ponto de vista arquitectónico, aquele espaço urbano da cidade».

«O acesso de veículos pesados ao equipamento, para cargas e descargas, será efectuado a Sul, pela Rua das Pedreiras, através de uma suave rampa criada para o efeito. Do mesmo modo, essa rua permitirá também o acesso ao espelho de água e à área cénica exterior. Ao nível do acesso pedonal, serão criadas vários pontos de acesso ao edifício, sendo que o principal, será efectuado a partir da Rua Prof. Egas Moniz. Na segunda fase, a grande praça exterior poderá ainda vir a receber um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para, aproximadamente, 180 viaturas».

O edifício propriamente dito ocupará «uma área total de 5.352,00 m², a construção ocupa uma altura correspondente a 5 pisos, sendo que a caixa de palco, pela sua função, desenvolver-se-á numa altura aproximada de 20 metros. De referir contudo, que a volumetria da edificação é atenuada na zona da via pública existente, resultado da configuração arquitectónica do edifício».
«Assim, tendo em consideração a especificidade do programa e a organização funcional do edifício, optou-se por localizar a entrada principal ao nível da Rua Prof. Egas Moniz, a partir do qual o foyer promoverá a distribuição para todos os espaços do edifício, em redor do auditório».
«Trata-se de uma abordagem arquitectónica que condensa toda a essência funcional do novo teatro e sala de espectáculos. Um edifício basicamente caracterizado por dois volumes com funções bem diferenciadas: um volume central, mais opaco em termos de materialidade, correspondente ao espaço das sala de espectáculos propriamente dita e suas dependências técnicas e funcionais mais directas, e um volume circundante, mais baixo, transparente na materialidade, onde se localizam os espaços destinados ao público, camarins, áreas administrativas e bar, com acessos diversos e a diferentes níveis, à sala de espectáculos».
«Previamente à descrição do interior, é importante salientar a imagem arquitectónica exterior, marcada por um desenho de linhas elegantes que se pretende constituir como uma referência na cidade. Utilizando materiais e formas simples, pretende-se obter a máxima transparência para o interior do edifício, principalmente das zonas afectas ao público em geral, medida essa que permitirá aos cidadãos que passam, ou permaneçam, junto do edifício, terem noção das vivências e dinâmicas do interior. No fundo, para que lhes seja transmitido o desejo de “entrar” e participar na actividade cultural. Esse objectivo de atracção do público será também intensificado com o aproveitamento do espaço exterior para a colocação de pendões e cartazes para anúncio de espectáculos e eventos».
«A futura grande praça exterior, que se preconiza vir a ser desenvolvida a médio prazo, reforçará também o carácter de centralidade que se deseja para o local».
«Desse modo, a partir do espaço público que se desenvolve a partir da Rua Prof. Egas Moniz, acede-se à entrada principal, ligeiramente recuada e coberta pelo piso superior da zona destinada ao público. Existe ainda uma segunda entrada lateral para público, associada ao bar e à cota intermédia da plateia, com ligação a partir de uma rampa que permite o acesso a pessoas de mobilidade reduzida. Esse percurso, permite também o acesso à zona da Pedreira das Penas e ainda a uma pequena e discreta entrada directa na zona de palco (exclusiva a artistas e técnicos)».
«A terceira entrada lateral relaciona-se com um acesso mais directo do exterior ao piso inferior, onde se localiza a sala de ensaios, que poderá ser aproveitada para outros fins, nomeadamente pequenas conferências, formação, etc».
«Na zona posterior do edifício, localizam-se, por fim, as entradas eminentemente técnicas, para cargas/descargas e controlo de acessos do pessoal afecto à actividade diária do equipamento».
«Ainda sobre o exterior, torna-se indispensável referir o grande volume revestido a pedra natural, fixada por um sistema de grampos, seccionado pelo volume em vidro. Na fachada norte, será colocado um lettering com a insígnia “CAIXA DAS ARTES”».
«A partir da entrada principal, o espectador ou visitante encontra um amplo espaço público, que funciona com foyer/átrio e que envolve a sala de espectáculos. Trata-se também de um espaço multifuncional, de estar e de lazer, que, para além de um bar/cafetaria, possui também espaços para as mais diversas exposições de artes plásticas, fotografia, documentais, etc».
«Em forma de “U”, o espaço público que envolve a sala de espectáculos possui, nas suas zonas de rotação, escadarias para acesso aos diversos níveis do edifício».
«Numa das suas extremidades, situam-se as instalações sanitárias, destinadas a ambos os sexos e a pessoas com mobilidade reduzida».
«Aliás, todo o projecto foi desenvolvido tendo em consideração a possibilidade de acesso por parte de deficientes motores, a todos os espaços do edifício».
«Evidentemente que importante será referir e descrever o espaço destinado a auditório/sala de espectáculos com capacidade para 666 pessoas (podendo chegar à capacidade de 699 pessoas), e que comporta também as maiores especificações do ponto de vista técnico, nomeadamente no que diz respeito à acústica e arquitectura de cena».
«Com uma organização simples, desenvolve-se através de uma plateia e de um balcão (no caso do balcão, e atendendo à especificidade do espectáculo em cena, poderá não ser utilizado)».
«Com diversos acessos a diferentes níveis, pode considerar-se que as entradas e saídas do público se processarão com enorme facilidade e segurança, sendo também interessante verificar a organização e disposição das cadeiras da forma mais favorável e de acordo com os níveis mais interessantes ao nível da visualização e ponto de vista do público».
«Está programada a existência de 12 lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida, desenhados de acordo com as especificações regulamentares e distribuídos por locais nobres do anfiteatro».
«Desenvolvida num conceito de bancada, a plateia ou anfiteatro rematará com a zona do palco e fosso de orquestra, local onde se localiza uma plataforma susceptível de ser elevada hidraulicamente e trancada ao nível desejado. É exactamente em função do nível desejado da plataforma que se poderá (ou não) aumentar a capacidade da sala em 33 lugares».
«Relativamente ao palco, de referir o enorme vão envidraçado que permite uma visualização e interacção entre a sala de espectáculos e a Pedreira das Penas e toda a sua organização que permite aos artistas a maior comodidade nas ligações internas aos camarins como também aos dispositivos de cargas e descargas de materiais. A caixa de palco, com uma altura aproximada de 18 metros, possui vários níveis e varandas técnicas, rematando com a zona da falsa teia a partir da qual se fixarão e manipularão vários equipamentos de apoio ao trabalho cénico».
«Quanto às comunicações verticais, recorda-se que o público poderá aceder aos diferentes níveis de anfiteatro pela zona circundante à sala e pelas escadas de acesso localizadas no foyer/átrio. Quanto aos técnicos e artistas, estes possuirão caixas de escadas e elevador/montacargas nos espaços contíguos ao palco».
«Numa sala projectada de raiz, de referir que existiram redobrados cuidados nas características que influenciam a acústica, adoptando soluções compatíveis com os níveis de qualidade pretendidos. No interior da sala, para além de uma cuidada escolha dos revestimentos, nomeadamente nos painéis acústicos das paredes e no sistema de tecto duplo, houve a preocupação de um desenho simples e cuidado, de modo a que o utilizador se sinta confortável (a este nível, de referir, nomeadamente, a escolha de um modelo de cadeira do tipo “poltrona”)».
«O programa do edifício, é complementado com os restantes espaços anexos de apoio, nomeadamente os camarins e salas técnicas de apoio à actividade artística. No piso inferior, relacionando-se com o sub-palco e fosso de orquestra, prevêem-se mais espaços de camarins e de arrumos, bem como uma sala de ensaios/aquecimento».
«O programa do edifício contempla ainda, genericamente, a existência de salas de apoio administrativo, direcção e espaços para formação».
«Ao nível exterior prevê-se do mesmo modo, a existência de duas grandes áreas cénicas: uma ao nível do plano de água existente, através de estruturas apoiadas directamente sobre a água, e outra, relacionada com a cota da Rua, correspondente à grande praça exterior».

Pólo 1: Praça "Interior"

Em jeito de conclusão, o Arquitecto responsável pelo projecto [Pedro Castro e Silva] deixa-nos uma nota-resumo:
A multifuncionalidade do complexo Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, permite-lhe valências, para as mais diversas artes performativas, que são difíceis de encontrar na generalidade das salas do país. Não se pode pois, dissociar, o interesse estratégico dos dois edifícios (Pólo 1 e Pólo 2) que criarão uma enorme apetência nos produtores culturais e nas escolas de formação de teatro e de música.
Não esquecendo a determinação de minimizar o investimento, numa época de difícil conjuntura económica de Portugal e da Europa, e numa perspectiva de controlo rigoroso e minimização dos custos de exploração e manutenção, Santa Maria da Feira ficará a dispor de um equipamento de elevada qualidade, com uma especificidade única no país e marcante em toda esta vasta região da Grande Área Metropolitana do Porto.
Esta é uma oportunidade única para que Santa Maria da Feira possua um complexo de cariz cultural criado de raíz e que contribua para a confirmação do município como a “capital” do teatro e artes de rua no país.
Hoje, como dantes, é importante que a arquitectura e as artes em geral, revelem e marquem a sua época, não apagando “memórias” nem as marcas da história e cultura antecedentes.
O Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, contemporâneo, moderno, versátil, substituirá o que já foi ultrapassado, respeitando contudo, a memória dos que, noutros tempos, já viveram a cultura e o território com alegria…

Resta-nos, agora, aguardar pela abertura do concurso público para a execução da obra, que se prevê para as próximas semanas e, depois, aguardar cerca de dois anos pela conclusão do projecto.

1 comentário:

Hélder Aguiar disse...

São uma bela resposta à Casa da Criatividade e Oliva Creative Factory. A região só ganha : )