quarta-feira, 30 de março de 2011

PCP pede atenção para a ACT e a abertura urgente do Centro de Emprego em Santa Maria da Feira

O PCP defende em comunicado que seja dada prioridade ao distrito de Aveiro, nomeadamente à delegação da Autoridade para as Condições do Trabalho de S. João da Madeira - Centro Local entre o Douro, com o reforço de inspectores e a abertura do centro de emprego em Santa Maria da Feira.

A delegação de S. João da Madeira abrange os concelhos de Arouca; Castelo de Paiva; Feira; Oliveira de Azeméis; São João da Madeira e Vale de Cambra, mas «apenas funciona com 2 inspectores, aberto para atendimento presencial dos trabalhadores somente 3 dias por semana, 2ª, 4ª e 6ª das 9h30 às 12h00 e das 14h00 às 16h30, por ordem de chegada, 15 atendimentos de manhã e 15 à tarde».

Segundo o mesmo comunicado, «55% dos desempregados são oriundos de Santa Maria da Feira, os problemas laborais não param de crescer, os despedimentos e falências fraudulentas não param de aumentar»

Os trabalhadores deslocam-se a este centro e «ali permanecem desde as 6 e 7 da manhã, sendo que o Sr. Inspector reconheceu que tal situação é inadmissível mesmo para os próprios trabalhadores da ACT mas que nada há a fazer?».

@ OLN

Dado que há vários meses que venho escrevendo sobre o assunto, apenas volto a deixar questões:
Como é possível que 55% dos desempregados de um global de 6 concelhos sejam feirenses, os serviços não sejam capazes de responder, e mesmo assim estas pessoas sejam obrigadas a percorrer uma distância, cujos custos saem do bolso de todos nós, para um atendimento burocrátrico e pouco permissivo num Centro de Emprego a rebentar pelas costuras?
A solução está encontrada há anos! Mas porque não sai do papel o Centro de Emprego de Santa Maria da Feira?
Será por desinteresse político a nível central? Será por inoperância dos responsáveis do IEFP? Será por falta de empenho do poder local? A mim parece-me que se mostra uma perfeita convergência dos três.

4 comentários:

Carlos Sousa SJM disse...

parece-me mais facil arranjar mais dois inspectores para as solicitaçoes das 3ªs e 5ªs... mas tendo em conta a crise nao sei nao...

quanto a justificaçao da distancia essa nao existe... pois se serve para fechar serviços em SJM nao tinha grande nexo ser justificaçao para os abrir em SMF

Bruno Costa disse...

Quanto à distância existe sim... em tudo é preciso avaliar caso a caso... e ponderar o peso económico global.
Quando falamos em saúde, falamos em bens escassos e DISPENDIOSOS não é humana e tecnicamente possível a existência de centros especializados em todas as cidades. Até porque sem o peso do volume de doentes, ou seja especialização, mesmo sem atender a questões económicas, perde-se em benefício para doente, que é bem maior em centros de maior dimensão, com a dita especialização.
E para tal basta olhar para a onco-hematologia, que FECHOU no início deste ano no HSS... e que ninguém reclamou. Pelo volume de trabalho, com pouco peso, os doentes terão mais vantagens no IPO, mesmo pagando as deslocações.

Na Justiça, não falamos em fechar nada, mas apenas em reestruturar e centralizar apenas os processos, mais compelxos... aqueles que precisam de recursos humanos mais especializados. Em paralelo ainda de fala na abertura de tribunais de especialidade... e neste âmbito não poderemos falar em centralizar nada, até porque o único tribunal de Comércio do EDV está previsto para SJM.

Neste caso (centro de emprego) falamos num simples serviço público, que em SJM é insuficiente... no mínimo teria de ser alargado... mas numa perspectiva de investimento obrigatório, não faz sentido fazê-lo em SJM quando 55% dos potenciais beneficiários estão na Feira... há claras vantagens económicas em dividir o Centro em 2 atendimentos distintos: Feira e SJM.

Carlos Sousa SJM disse...

eu tambem defendo o alargamento desde que salvagurdando os interesses do centro de emprego de SJM... parece-me a mim que ter mais dois inspectores sera a soluçao mais facil de implementar, mesmo que depois venham a ser deslocalizados para o concelho de SMF.

Atendendo ao desenrolar da situaçao economica do pais a tendencia parace-me de cortes nos serviços publicos.... veja-se o que aconteceu a alguns balcoes das finanças que fecharam por este pais fora incluido 3 ou 4 em SMF.

Se o FMI for chamado a intrevir aquilo vai levar o mesmo caminho que levou na grecia...
-meus lindos temos que aliviar 50% da maquina por onde começamos...
Fundaçoes de todo tipo e genero, fusao de freguesias, fusao de concelhos, fusao de serviços vai tudo ficar magrinho e tesinho

Bruno Costa disse...

Carlos, estamos a falar de duas situações... os inspectores da ACT e os serviços do Centro de Emprego. A meu ver não faz sentido o EDV ter dois núcleos da ACT, daí que a solução possa ser o reforço em SJM.
Quanto ao CE penso que não passa pela cabeça de ninguém encerrar serviços em SJM... eventualmente uma redução ligeira do número de colaboradores, porque passaria a ficar sobredimensionado. Mas estando por fora de questões de logística interna penso que não conseguiremos concluir quanto a colaboradores.

No que às finanças diz respeito, fala-se no eventual encerramento de 3 (das 4) secções do concelho, em paralelo com a instalção de uma na tão badalada e atrasada Loja do Cidadão. Assim perde-se a descentralização... o que vou dizer vai pesar a muita gente, mas CONCORDO! A nível concelhio não fará muito sentido haver tantos espaços e as respectivas despesas, quando ainda por cima a descentralização não é total... e a sede de concelho continua a ser obrigatória para os restantes assuntos.

Quanto à fusão de freguesias, só peca por tardia!!!!

Quanto ao FMI andamos a fazer filmes com demasiadas cenas de terror. É verdade que e para cortar, ás vezes sendo pouco selectivos... mas a verdade é que parece que vivemos num país de vacas gordas...