sexta-feira, 26 de junho de 2009

Museu do Papel inaugura "Fábrica dos Azevedos"

O Museu do Papel inaugura hoje o segundo edifício, com auditório e centro documental, e apresenta um acesso a vários espaços antes vedados a idosos e portadores de deficiência.
Conclui-se assim o investimento de 1,1 milhões de euros que, entre Janeiro de 2005 e Junho de 2008, permitiu requalificar diferentes espaços físicos do museu de Santa Maria da Feira, o único do país dedicado à história do papel.

O aspecto mais visível da obra é a recuperação do edifício da antiga Fábrica dos Azevedos, cuja empreitada ficou concluída em Junho de 2008. Nesse espaço funcionam agora a recepção do Museu do Papel, um auditório, diversas salas dedicadas a serviços educativos, uma loja com produtos de fabrico próprio, uma cafetaria e um centro documental.
É essa última valência que Maria José Santos, directora do museu, considera 'fundamental' no novo edifício: 'Ao integrar uma biblioteca temática dedicada à história do papel, o centro documental está a criar condições para que se desenvolva investigação nessa área'.
Com base nos recursos já disponíveis, está a ser concebida 'uma exposição que, logo à entrada do museu, vai preparar o público para a visita que tem pela frente, apresentando-lhe a história do papel desde a sua criação, na China do século II a.C., até à sua entrada em Portugal, já no século XV'.

Quanto à criação do novo acesso, Maria José Santos defende que, 'embora esse seja o aspecto menos deslumbrante das obras, é o mais decisivo'.
'Os nossos edifícios eram antigas fábricas de papel [do século XIX] e, por princípio, procurámos manter a sua estrutura arquitectónica original', explica a responsável. 'Isso implicava, no entanto, que o acesso a algumas áreas do museu - principalmente por parte de grupos e visitantes com dificuldades motoras - fosse muito difícil ou mesmo impossível'.
Elevadores, rampas e plataformas vieram acabar com essas limitações, 'sempre com o cuidado de não comprometer a história dos próprios edifícios nem descaracterizar os seus diferentes espaços'.

Maria José Santos declara que 'esta era uma obra fundamental para a dinâmica do museu e para o serviço cultural que ele procura desenvolver'.

@ Correio do Minho

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