terça-feira, 16 de janeiro de 2007

JN de hoje...

Relança a Polémica no caso Exponor.
TEXTO INTEGRAL DA EDIÇÃO ON LINE DO JN

Câmara responsabiliza AEP caso a Exponor XXI não se concretize

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, sentiu, ontem, a necessidade de "precisar a responsabilidade" dos dois parceiros - Associação Empresarial de Portugal (AEP) e TCN - no projecto da Exponor XXI, em Leça da Palmeira. As notícias de que a TCN pretende romper o acordo com a AEP para o Europarque, em Santa Maria da Feira, pondo em causa a execução da Exponor XXI, em Leça da Palmeira, trouxeram intranquilidade. "É obrigação da AEP ser consequente", afirmou Guilherme Pinto, referindo-se à concretização do empreendimento apresentado pela Associação, em Setembro de 2006. "Um projecto desta envergadura não se compadece com o desacerto de linguaguem entre os, até aqui, parceiros", acrescentou. Em conferência de Imprensa, o autarca manifestou o desejo de que seja "ultrapassada a disputa verbal que não augura nada de positivo". Como o JN noticiou no sábado, o projecto de alargamento do Europarque (classificado como Projecto de Interesse Nacional) e os planos para os terrenos de Leça da Palmeira estão em risco de não sair do papel. Tudo porque a AEP e a TCN (parceiros na empresa Madsam) não se entendem sobre uma fábrica de painéis solares - da qual Ludgero Marques é administrador - a instalar nos terrenos do Europarque. A TCN alega desconhecer a inclusão desta unidade no complexo da Feira e, como tal, pretende rasgar o acordo. Em declarações ao Jornal de Negócios, o presidente da TCN Portugal, Júlio Macedo, acusou, mesmo, Ludgero Marques de querer realizar "negócios próprios" na nova Exponor "quando está em causa o interesse nacional". Dias antes, Ludgero Marques afirmara ao mesmo diário que estava disponível para mudar a localização da fábrica se essa fosse a vontade do seu parceiro. Ontem, nem a TCN nem a AEP quiseram prestar declarações sobre o assunto. Mas o JN sabe que está prevista a realização de uma reunião da Madsam ainda este mês. Nesse encontro, os accionistas (90% da TCN e 10% da AEP) decidirão o futuro dos projectos. A indefinição está a preocupar Matosinhos. Caso o projecto da Feira não se concretize, o de Leça também não avança. Ontem, o Executivo decidiu adiar o Pedido de Informação Prévia da Exponor sobre a viabilidade de construção de um prédio naqueles terrenos. Mas o dossiê Exponor dominou a reunião.João Sá, vereador do PSD, está "preocupado" com o que aí vem e considera "lamentável que um investimento desta envergadura seja discutido, assim, nos jornais". O social-democrata lembra que se o acordo ruir, ficam em causa ambos os projectos. "A AEP terá de encontrar um novo parceiro que se sujeite às condições que a Câmara aprovou", explicou, lembrando que a autarquia comprometeu-se a não autorizar a construção de habitação naqueles terrenos. Para Honório Novo, "o projecto já não tem pernas para andar". O comunista, que acha o plano para a Exponor "frágil", considera, agora, que "essa fragilidade aumentou exponencialmente". "Se havia dúvidas quanto ao interesse do programa, agora há dúvidas sobre a credibilidade dos promotores".

Entretanto ficamos à espera de respostas!

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